Investigadores americanos alertam
para a necessidade de políticas
que resolvam esta problemática
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Só nos EUA há 1,36 milhões de toneladas de lixo tecnológico |
No artigo “The Electronics Revolution: From E-Wonderland to E-Wasteland”, publicado hoje na revista Science, investigadores da Universidade da Califórnia alertam para esta problemática e para a necessidade de políticas adequadas de reciclagem.
Computadores, telemóveis e outros aparelhos electrónicos descartados representam o tipo de resíduos sólidos que mais prolifera no mundo, inclusive nos países subdesenvolvidos. O principal problema deste “lixo” reside nas baterias, que contêm substâncias tóxicas prejudiciais ao ambiente.
Os investigadores destacam que os impactos ambientais não ocorrem apenas quando os materiais são descartados, mas também no processo de fabrico.
“Há riscos de toxidade consideráveis em todo o mundo. Por exemplo, a concentração média de chumbo no sangue das crianças que vivem em Guiyu, na China, um conhecido destino de lixo electrónico, é de 15,2 microgramas por decilitro", referem os autores do artigo. Embora não haja um limite oficialmente estabelecido para a exposição ao chumbo, os especialistas consideram os níveis registados em Guiyu alarmantes.
Relativamente aos EUA, foi estimado que existam 747 milhões de artigos electónicos descartados, o que equivale a um peso superior a 1,36 milhões de toneladas. Neste sentido, os investigadores pedem que os governos dos Estados Unidos e de outros países coloquem em prática medidas urgentes para o tratamento destes equipamentos. Além disso, destacam a necessidade de se encontrarem alternativas para os componentes que causem menos impactos à saúde humana e ao ambiente.
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