Dois irmãos decidiram patentear bisnagas de alumínio como embalagem para doce. Só usam matérias-primas portuguesas

Se há ideias que podem mudar a maneira como pensamos em determinadas ações, a meia.dúzia é uma delas. Há um ano Jorge e Andreia Ferreira Silva, de 38 e 25 anos, respetivamente, começaram a pensar numa maneira de poderem realizar o sonho de terem uma empresa própria e desde então não têm pensado noutra coisa.
Jorge, engenheiro químico, trabalhou em empresas têxteis durante quase uma década. Só que sonhava com um negócio próprio. “A ideia de ter um projeto meu surge numa altura em que senti necessidade de fazer alguma coisa por mim e em que, por coincidência, a minha irmã estava a acabar o curso e sem perspetivas de futuro a nível de trabalho”, conta ao Dinheiro Vivo. À falta de uma oportunidade de trabalho e, confrontada com a proposta do irmão, Andreia não pensou duas vezes. Jorge fez quase tudo o resto.
Inspirado nas bisnagas de tinta acrílica que usa nos seus quadros - além de engenheiro, Jorge Ferreira Silva também pinta -, decidiu aproveitar os pacotes das bisnagas e enchê-los com algo inesperado. Andreia começou a procurar e a testar receitas de compotas na cozinha dos pais e, pouco tempo depois, os dois investiram 40 mil euros, quase todos direccionados para a compra de uma máquina que enche as bisnagas de alumínio com compotas de frutas.
Sim, leu bem: a meia.dúzia produz e vende compotas de frutas feitas em regime de produção integrada ou biológica ou de denominação de origem protegida (nos casos da pera rocha ou do ananás da Madeira) mas, apesar de o produto que vendem ser clássico e artesanal, escolheram vendê-lo numa embalagem completamente diferente do habitual: a cada fruta corresponde uma bisnaga de cor diferente, a cada cor um sabor distinto.
Andreia e Jorge Ferreira da Silva criaram compotas de sabores como pera rocha, moscatel ou mel e amêndoa em bisnagas
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